16.8.05

Não podemos perder a esperança

O que fazemos diante de uma crise como essa que assola o nosso país?

Primeiro, não podemos perder a esperança. É claro que a frustração e a decepção atingem a muitos. Talvez desabe mais forte sobre aqueles que colocaram sua fé no lugar errado. Quando propusemos já há um tempo o tema "Esperança Viva em Jesus" para o congresso missionário estudantil Missão 2006, queríamos recuperar a dimensão sólida de nossa esperança em e por causa de Jesus. Quando deslocamos o foco de nossa esperança, por certo vamos nos frustrar.

Segundo, rejeitamos o cinismo e a indiferença. Não podemos concordar com aqueles que dizem "sempre foi assim, é assim agora e continuará sendo assim no futuro". Apenas uma teologia e uma escatologia equivocadas podem sustentar uma postura de apatia ou até mesmo de torcida para que as coisas fiquem piores. O Senhor levará a cabo seu projeto na história. E em cada geração ele quer usar seu povo redimido como sal, luz, protótipo e antevisão do que ele consumará na história. Assim, somos responsáveis pelo que acontece ao nosso redor: quando não oramos pelos nossos governantes, quando não cooperamos e influenciamos nas políticas públicas, quando não anunciamos continuamente que sem uma volta no coração das pessoas para o temor de Deus e para a submissão ao seu senhorio, as consequências são sempre terríveis.

Terceiro, nossa compreensão de missão precisa incluir todos os aspectos da vida. Conversão precisa significar uma nova compreensão e atitude diante de todas as facetas da vida ao nosso redor: família, economia, cultura, política, reafirmando que se o Senhor não reina sobre tudo, então ele não reina sobre nada. Como vivemos nossa vida? Como fazemos missão (aquela que nasce do coração so Senhor) em um mundo corrupto? Se não aprendemos a fazer isso em oração, a partir da Palavra, e comunitariamente como povo de Deus, então estamos pecando e só podemos chorar quando a situação de pessoas e estruturas ao nosso redor se deterioram. É preciso confessar esse pecado e voltarmos os nossos olhos para o Senhor em obediência e com esperança.

Como um movimento como a ABUB pode participar dessa agenda de Deus para seu povo no meio de uma humanidade corrompida? Continuamos contando com suas orações e compromisso para sermos agentes responsáveis nessa história.

Em Cristo,

Ricardo Wesley
Secretário Geral da ABUB

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