De historiador e louco, todo cristão tem um pouco
Flávio Américo, estudante de História e Teologia
ABU - Natal (RN)
Certa vez, quando estava lendo o livro de Marc Bloch em que ele tenta explicar para o filho dele a utilidade da História, me deparei com a seguinte frase: “O Cristianismo é uma religião de historiador”.
A primeira reação que tive foi um misto de espanto e satisfação. A sensação foi muito parecida com a de quem descobre que seus amigos lhe prepararam uma festa surpresa. Pelos menos foi o que senti quando a ABU-Natal me preparou uma.
Fiquei espantado pelo fato de encontrar essa frase no livro de um dos mais importantes historiadores do século XX, pois, pelo o que sei, ele não era cristão. Assim como a minha festa organizada pelos abeuenses aqui de Natal, foi uma surpresa encontrar algo tão especial sobre minha fé num livro indicado por professores agnósticos e ateus.
Sempre tive a preocupação de relacionar minha fé com a minha futura profissão. Quando vi que Bloch fez a relação que eu pretendia, senti-me satisfeito, pois percebi que ele apontava para algumas direções que me ajudariam a pensar minha fé como historiador. Além disso, foi satisfatório perceber que muitos professores e estudantes de História teriam a oportunidade de ler algo tão interessante acerca do Cristianismo. Assim como meus irmãos da ABU, Marc Bloch me presenteou, só que foi, como diria Humpty Dumpty (personagem de Alice no País de Maravilhas), com um presente de desaniversário, que são aqueles que recebemos quando não é nosso aniversário.
Esse texto que você está lendo é fruto de algumas reflexões sobre as relações entre as minhas futuras profissões (historiador e professor de História) e minha fé em Jesus Cristo. Pretendo mostrar essa interação a partir dos dois argumentos usados por Bloch para afirmar que “o Cristianismo é uma religião de historiador”. Depois de indicar as relações, levo a discussão para outro ponto: que a fé cristã é, além de histórica, meta-histórica. Por fim, argumento em prol da idéia de que uma vida cristã saudável se dá quando conseguimos viver equilibradamente a relação entre a história e a eternidade.
O primeiro argumento usado por Bloch está ligado ao fato de que o Cristianismo é baseado em acontecimentos ocorridos na história humana, ou seja, passíveis de datação mais ou menos precisa. Na minha opinião, além de ter ocorrido em épocas que podemos datar, é possível afirmar também que os principais eventos da Bíblia se deram em áreas que podemos localizar espacialmente. As demais religiões ou ocorreram em lugares inexistentes ou em épocas lendárias.
O cerne da fé cristã está localizado no momento em que Deus se tornou homem, que ocorreu numa região que conhecemos hoje como Oriente Médio e que estava, no período em que o evento se deu, sob dominação do Império Romano. Embora seja impossível afirmar com precisão a data, hora e local exatos onde Jesus respirou pela primeira vez o ar puro que nunca respiramos, podemos afirmar com precisão o século e a região em que isso ocorreu (e que era noite, é claro).
A forma como narrei acima faz parecer que a vinda do Salvador a terra foi o evento mais simples do mundo. Não se engane! Foi o evento mais extraordinário que aconteceu nesse mundo ordinário (sei que a piada foi infame, mas não resisti).
O nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo transformaram centenas de milhares de vidas ao longo da história, inclusive a minha. Além disso, é bom lembrar que, sem Cristo, estaríamos condenados à morte eterna. A encarnação do Logus foi algo extremamente alógico, no sentido de impossível de entender, pois Cristo foi a fusão da eternidade com a história, do divino com o humano.
Da eternidade, sabemos muito pouco. Uma das coisas que sabemos é que ela é o oposto da historicidade, que é a característica que as coisas possuem de se transformarem com o tempo, ou seja, é o que as torna históricas. Por outro lado, tudo que é eterno é a-histórico, não se altera, pois não possui passado nem futuro. Alguém já disse que Deus vive no eterno presente. (Como é viver sem mudança, só Deus sabe!).
Para nós, a eternidade é um mistério. A história, no entanto, é uma velha conhecida. Com essa idéia entramos no segundo argumento de Marc Bloch. Segundo ele, a vida cristã está situada na história, ou seja, no tempo. Somos seres, usando uma idéia de Martin Heiddegger, históricos por natureza.
Viver na história significa mudar e ver que o mesmo acontece com o mundo ao nosso redor. Heráclito afirmou que “tudo flui como um rio”. Lulu Santos cantou “tudo passa, tudo sempre passará”. Tudo nesse mundo terá um fim, menos o amor, como afirmou Paulo. O próprio Cristo, certa vez, deixou claro que “passarão o céu e a terra”.
Não precisa ser um pensador para saber que as coisas mudam com o tempo. Basta ter mais de 20 anos, pois, a partir de então, começamos a ver a vida passar. Mudamos a nossa forma de pensar e agir. O nosso corpo também muda. No processo de envelhecimento, ganhamos algumas coisas (peso) e perdemos outras (cabelos). O tempo nos persegue como o crocodilo (ou o tique-taque) persegue o Capitão Gancho na história de Peter Pan.
Como vimos até agora, a relação do Cristianismo com a História é muito grande. Todo cristão é, em certa medida, um historiador, pois, assim como esse profissional, tenta fazer com que eventos do passado (o Evangelho) tenham significado para os dias de hoje. Além disso, assim como o historiador (e todas as outras coisas desse mundo), o cristão é um ser histórico. Mas em que sentido ele também é um louco?
A historicidade, ou seja, a mudança no tempo, é comum aos cristãos e aos que não são cristãos (é como a chuva para justos e injustos). Ela está presente no nosso cotidiano. Além desse caráter histórico, todo ser também possui algo de eternidade. Acredito, concordando com Santo Agostinho e Sören Kierkegaard, que a sensação de falta que todo homem sente no seu interior é proveniente da sede do Eterno.
A maior parte das pessoas só sente o vazio, mas elas não sabem bem o que está faltando. Por isso, tentam preencher essa falta das mais diferentes formas: riquezas, religião, poder, sexo etc. Elas tentam preencher a carência da eternidade com coisas históricas, gerando um sentimento de frustração e de falta de sentido para a vida.
Nós cristãos sabemos que ansiamos pela eternidade e pelo Eterno. Caminhamos como Ofélia (protagonista do filme O Labirinto do Fauno): vivendo e interagindo nesse mundo, mas com o foco no caminho que nos leva de volta para a casa do nosso pai, embora as pessoas pensem que apenas estamos nos iludindo com contos de fadas.
Carlos Queiroz afirma que só nos tornamos homens de verdade, ou seja, voltamos à essência para qual Deus nos criou, quando voltamos à comunhão com o Pai. A menina do filme buscou sua verdadeira essência e a encontrou no fim da história. Por isso podemos cantar, parafraseando uma canção antiga, que Ofélia, ao invés de Amélia, é mulher de verdade, pois ela descobriu quem realmente é: simplesmente a filha do Rei. Também voltaremos para a nossa essência quando nossa história chegar ao final, quer seja a nossa individualmente ou a da humanidade como um todo.
Muitas pessoas estão tão envolvidas com essa vida que se esquecem da outra, que só é acessível aos que crêem como uma criança. Por isso, aqueles que não têm fé nos consideram loucos. Penso que eles estão certos, pois é loucura acreditar em algo que está além da nossa capacidade de pensar. No entanto, mais louco é quem ficar para sempre longe de Deus.
Se, por um lado, existe um número considerável de pessoas, seguidoras do Nazareno ou não, que vivem como se não existisse nada além dessa vida, por outro, muitos cristãos se comportam como se já estivessem na eternidade. Isso faz com que eles esqueçam que ainda estão na história e que, consequentemente, possuem responsabilidades ambientais e sociais. Eles desprezam a ordem de Deus quanto ao cuidado da Criação, que é tanto o que conhecemos como natureza quanto os homens, pois deixar o próximo morrer de fome também é não zelar pelas obras do Criador.
Uma vida cristã saudável consiste em caminhar nesse mundo entendendo que o fato de estarmos indo para a eternidade não nos isenta das responsabilidades próprias dessa existência. Cristo nos ensina isso quando afirma que a Lei é resumida em amar a Deus, que é eterno, em primeiro lugar e às outras pessoas, os outros seres históricos, como nos amamos. Em outro momento, Jesus nos ensina que não podemos amar o Pai, que não vemos, se não amamos o nosso próximo, que é visível.
Flávio Américo, estudante de História e Teologia
ABU - Natal (RN)
Certa vez, quando estava lendo o livro de Marc Bloch em que ele tenta explicar para o filho dele a utilidade da História, me deparei com a seguinte frase: “O Cristianismo é uma religião de historiador”.
A primeira reação que tive foi um misto de espanto e satisfação. A sensação foi muito parecida com a de quem descobre que seus amigos lhe prepararam uma festa surpresa. Pelos menos foi o que senti quando a ABU-Natal me preparou uma.
Fiquei espantado pelo fato de encontrar essa frase no livro de um dos mais importantes historiadores do século XX, pois, pelo o que sei, ele não era cristão. Assim como a minha festa organizada pelos abeuenses aqui de Natal, foi uma surpresa encontrar algo tão especial sobre minha fé num livro indicado por professores agnósticos e ateus.
Sempre tive a preocupação de relacionar minha fé com a minha futura profissão. Quando vi que Bloch fez a relação que eu pretendia, senti-me satisfeito, pois percebi que ele apontava para algumas direções que me ajudariam a pensar minha fé como historiador. Além disso, foi satisfatório perceber que muitos professores e estudantes de História teriam a oportunidade de ler algo tão interessante acerca do Cristianismo. Assim como meus irmãos da ABU, Marc Bloch me presenteou, só que foi, como diria Humpty Dumpty (personagem de Alice no País de Maravilhas), com um presente de desaniversário, que são aqueles que recebemos quando não é nosso aniversário.
Esse texto que você está lendo é fruto de algumas reflexões sobre as relações entre as minhas futuras profissões (historiador e professor de História) e minha fé em Jesus Cristo. Pretendo mostrar essa interação a partir dos dois argumentos usados por Bloch para afirmar que “o Cristianismo é uma religião de historiador”. Depois de indicar as relações, levo a discussão para outro ponto: que a fé cristã é, além de histórica, meta-histórica. Por fim, argumento em prol da idéia de que uma vida cristã saudável se dá quando conseguimos viver equilibradamente a relação entre a história e a eternidade.
O primeiro argumento usado por Bloch está ligado ao fato de que o Cristianismo é baseado em acontecimentos ocorridos na história humana, ou seja, passíveis de datação mais ou menos precisa. Na minha opinião, além de ter ocorrido em épocas que podemos datar, é possível afirmar também que os principais eventos da Bíblia se deram em áreas que podemos localizar espacialmente. As demais religiões ou ocorreram em lugares inexistentes ou em épocas lendárias.
O cerne da fé cristã está localizado no momento em que Deus se tornou homem, que ocorreu numa região que conhecemos hoje como Oriente Médio e que estava, no período em que o evento se deu, sob dominação do Império Romano. Embora seja impossível afirmar com precisão a data, hora e local exatos onde Jesus respirou pela primeira vez o ar puro que nunca respiramos, podemos afirmar com precisão o século e a região em que isso ocorreu (e que era noite, é claro).
A forma como narrei acima faz parecer que a vinda do Salvador a terra foi o evento mais simples do mundo. Não se engane! Foi o evento mais extraordinário que aconteceu nesse mundo ordinário (sei que a piada foi infame, mas não resisti).
O nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo transformaram centenas de milhares de vidas ao longo da história, inclusive a minha. Além disso, é bom lembrar que, sem Cristo, estaríamos condenados à morte eterna. A encarnação do Logus foi algo extremamente alógico, no sentido de impossível de entender, pois Cristo foi a fusão da eternidade com a história, do divino com o humano.
Da eternidade, sabemos muito pouco. Uma das coisas que sabemos é que ela é o oposto da historicidade, que é a característica que as coisas possuem de se transformarem com o tempo, ou seja, é o que as torna históricas. Por outro lado, tudo que é eterno é a-histórico, não se altera, pois não possui passado nem futuro. Alguém já disse que Deus vive no eterno presente. (Como é viver sem mudança, só Deus sabe!).
Para nós, a eternidade é um mistério. A história, no entanto, é uma velha conhecida. Com essa idéia entramos no segundo argumento de Marc Bloch. Segundo ele, a vida cristã está situada na história, ou seja, no tempo. Somos seres, usando uma idéia de Martin Heiddegger, históricos por natureza.
Viver na história significa mudar e ver que o mesmo acontece com o mundo ao nosso redor. Heráclito afirmou que “tudo flui como um rio”. Lulu Santos cantou “tudo passa, tudo sempre passará”. Tudo nesse mundo terá um fim, menos o amor, como afirmou Paulo. O próprio Cristo, certa vez, deixou claro que “passarão o céu e a terra”.
Não precisa ser um pensador para saber que as coisas mudam com o tempo. Basta ter mais de 20 anos, pois, a partir de então, começamos a ver a vida passar. Mudamos a nossa forma de pensar e agir. O nosso corpo também muda. No processo de envelhecimento, ganhamos algumas coisas (peso) e perdemos outras (cabelos). O tempo nos persegue como o crocodilo (ou o tique-taque) persegue o Capitão Gancho na história de Peter Pan.
Como vimos até agora, a relação do Cristianismo com a História é muito grande. Todo cristão é, em certa medida, um historiador, pois, assim como esse profissional, tenta fazer com que eventos do passado (o Evangelho) tenham significado para os dias de hoje. Além disso, assim como o historiador (e todas as outras coisas desse mundo), o cristão é um ser histórico. Mas em que sentido ele também é um louco?
A historicidade, ou seja, a mudança no tempo, é comum aos cristãos e aos que não são cristãos (é como a chuva para justos e injustos). Ela está presente no nosso cotidiano. Além desse caráter histórico, todo ser também possui algo de eternidade. Acredito, concordando com Santo Agostinho e Sören Kierkegaard, que a sensação de falta que todo homem sente no seu interior é proveniente da sede do Eterno.
A maior parte das pessoas só sente o vazio, mas elas não sabem bem o que está faltando. Por isso, tentam preencher essa falta das mais diferentes formas: riquezas, religião, poder, sexo etc. Elas tentam preencher a carência da eternidade com coisas históricas, gerando um sentimento de frustração e de falta de sentido para a vida.
Nós cristãos sabemos que ansiamos pela eternidade e pelo Eterno. Caminhamos como Ofélia (protagonista do filme O Labirinto do Fauno): vivendo e interagindo nesse mundo, mas com o foco no caminho que nos leva de volta para a casa do nosso pai, embora as pessoas pensem que apenas estamos nos iludindo com contos de fadas.
Carlos Queiroz afirma que só nos tornamos homens de verdade, ou seja, voltamos à essência para qual Deus nos criou, quando voltamos à comunhão com o Pai. A menina do filme buscou sua verdadeira essência e a encontrou no fim da história. Por isso podemos cantar, parafraseando uma canção antiga, que Ofélia, ao invés de Amélia, é mulher de verdade, pois ela descobriu quem realmente é: simplesmente a filha do Rei. Também voltaremos para a nossa essência quando nossa história chegar ao final, quer seja a nossa individualmente ou a da humanidade como um todo.
Muitas pessoas estão tão envolvidas com essa vida que se esquecem da outra, que só é acessível aos que crêem como uma criança. Por isso, aqueles que não têm fé nos consideram loucos. Penso que eles estão certos, pois é loucura acreditar em algo que está além da nossa capacidade de pensar. No entanto, mais louco é quem ficar para sempre longe de Deus.
Se, por um lado, existe um número considerável de pessoas, seguidoras do Nazareno ou não, que vivem como se não existisse nada além dessa vida, por outro, muitos cristãos se comportam como se já estivessem na eternidade. Isso faz com que eles esqueçam que ainda estão na história e que, consequentemente, possuem responsabilidades ambientais e sociais. Eles desprezam a ordem de Deus quanto ao cuidado da Criação, que é tanto o que conhecemos como natureza quanto os homens, pois deixar o próximo morrer de fome também é não zelar pelas obras do Criador.
Uma vida cristã saudável consiste em caminhar nesse mundo entendendo que o fato de estarmos indo para a eternidade não nos isenta das responsabilidades próprias dessa existência. Cristo nos ensina isso quando afirma que a Lei é resumida em amar a Deus, que é eterno, em primeiro lugar e às outras pessoas, os outros seres históricos, como nos amamos. Em outro momento, Jesus nos ensina que não podemos amar o Pai, que não vemos, se não amamos o nosso próximo, que é visível.
Portanto, o cristão é um tipo de historiador. Primeiro, pelo fato da fé cristã ter seus principais eventos na história. Segundo, pelo fato da vida cristã ser praticada no tempo. No entanto, embora os cristãos peregrinem nesse mundo e tenham o dever de cuidar da Criação, seus olhares estão direcionados para além da existência temporal, pois eles contemplam a loucura da eternidade. Tenhamos em mente o que nos ensina a canção do Grupo Logos:
Enfrentar a lida até chegar o fim,
que será apenas o começo,
de uma vida, outra vida,
e que vida.
que será apenas o começo,
de uma vida, outra vida,
e que vida.
14 comentários:
Fantástico! Parabéns, Flávio. Continue escrevendo e estudando bastate. =D
Ótimo texto. Achei interessante a relação entre temporalidade e eternidade e as ilustrações com literatura e cinema.
Ótimo texto. Achei interessante a relação entre temporalidade e eternidade e as ilustrações com literatura e cinema.
Parabéns Flávio!!
Sua redação foi "O PIPOCO"!! (Num nordestinês explícito!!)
Um abraço!!
Luciana
ABU - Recife
Pessoas, pretendo fazer uma correção. Humpty Dumpty é um personagem de Lewis Carroll, mas não de "Alice no país das maravilhas". Ele aparece em "Através do Espelho e o que Alice Viu por Lá". Só percebi o erro hoje!
Flávio Américo
Mew, a sensação que você teve ao ler Marc Bloch eu acabo de ter ao ler seu texto. Parabéns colega de profissão. Deus te abençoe.
Isaías de Carvalho
São Paulo
texto muito interessante, cativante pelos exemplos e analogias. parabéns!
Jônatas Souza
ABU - Natal
Fláááááááávio, vc de-to-noooooooooou!
Gosto demais de ler suas coisas, suas analogias, suas comparações. Acredito que dentro da historicidade, vc é um ser em elevado grau de maturação.
Amei.
Deus te abençoe,
Camila Ataliba
Gostei muito do texto a relação entre o eterno e temporal e a fácil assimilação das praticas expostas por causa da comparações com personagens literários conhecidos torna a idéia acessível a seguimentos não cristãos.
Também gostei de lembrar pelo texto que apesar de sofrer a ação do tempo na minha história, caminho em direção ao dia em que a história terá seu fim e nesse dia o eterno será absoluto e as dores da historia serão só lembranças sem local definido na memória com a única intenção de manter em nós um parametro comparativo para nao deixarmos de ser gratos.
Parabens Flávio
Flávio no artigo “De historiador e louco, todo cristão tem um pouco” coloca toda a sua convicção cristã sem perder a razão dos fatos inexplicáveis que é inerente ao cristianismo, pois tais fatos só são compreensíveis com a FÉ. Não obstante apega-se ao seu conhecimento acadêmico tanto teológico como de um historiador apaixonado e destrincha com toda agilidade os mistérios do tempo e da eternidade, não abrindo mão, é claro, dos argumentos filosóficos e até mesmo ilustrativos como lhe é próprio (pois o conheço muito bem).
Que continues assim, unindo todo conhecimento acadêmico com a fé, pois a fé que Deus coloca em nossos corações vêm acompanhada de uma razão sólida.
Abraços!
Rev. Lamartine Santana
dispensável dizer q o texto eh muito interessante, neh? o primeiro lugar jah te diz isso. gosto da maneira descolada como vc escreve, d como consegue colocar heráclito e lulu santos na mesma linha sem perder a linha.
nao ri muito da piada infame. nao por ter sido infame, mas pq nao vi graca mesmo hauhauhauahuahuahauahuahhauhauhauahuahauhauhauahuahauhauhauahuahauhauh
mas, sério, flavito, gostei muito da relação do cristianismo com a historia e com a loucura. me fez pensar tb em coisas sobre as quais nunca tinha parado pra pensar.
bjinho. e continue escrevendo. kero ser igual a vc qdo crescer.
Ana Paula Paiva
fontenay-sous-bois/France
Mais uma vez Fl�vio nos presenteia, mesmo em �poca de desanivers�rio, com um texto rico e de agrad�vel leitura.
Que voc� continue perseverando em Cristo e utilizando seus talentos pra gl�ria dEle.
nossa flávio... li teu texto!!!!!! cara, a tua construção foi muito massa... as referências, tudo na dose certinha cara! engraçado como existe uma cultura tola e preconceituosa no universo acadêmico de desconstrução da historicidade de cristo... essa semana mesmo um amigo meu chegou e disse: geo, cara, não acredito mais em cristo, vê esse documentário aqui. vi o documentário e achei uma merda cara... no sentido do argumento do carinha lá, a história também não autentica ninguém... nem nero, nem platão, muito menos sócrates, que nunca escreveu nada(como jesus), e todos no cenário academico tem ele como o top 10 do pensamento... talvez até seja, mas a questão é a historicidade...
obrigado por nos brindar com esse maravilhoso texto cara... e lembre-se... quando eu crescer quero ser como vc... hehehehe
abração meu amigo!
Flávio, que saudade de ti irmão. Lendo seu texto matei um pouco essa saudade. Gostei do texto, vc escreve muito bem mesmo, continue assim. Historicidade e eternidade, é... são problemas bastante filosóficos... com Hegel um pouco disso também. Comecei a ler Paul Tillich, é sensacional tbm.
Tem outro texto que vc queria q eu lesse?
abração,
Pedro.
Postar um comentário