Tais Machado
Secretária de Capacitação da ABUB
“Ouvir com obediência a voz de Deus exige a construção de resistência a todas as outras vozes que competem pela nossa atenção.”
Henri Nouwen
Henri Nouwen
Há, hoje em dia, tanta gente querendo falar e tão poucos dispostos a ouvir! Os motivos de nossa inquietação são os mais variados, mas o desejo é um só – sermos ouvidos.
Quando muitos, angustiados, ansiosos, desejam falar ao mesmo tempo, forma-se uma multidão desejosa de expressar-se e ser compreendida, mas ironicamente, o barulho só faz crescer, novas e maiores proporções dessa angústia são alcançadas. A busca e a pressa aumentam, e a confusão instala-se de vez.
Nesse contexto, como ouvir, crer, sentir e compreender a voz do salmista que se remete a uma voz superior: “A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é majestosa” (Sl 29.4)?
Quanto queremos ouvir a voz de Deus? Quanto essa é uma experiência cotidiana? Quanto estamos dispostos a obedecer a voz majestosa do Senhor? É preciso reconhecer que a concorrência é grande, não, é claro, quanto a equiparar-se ao poder e a majestade da voz de Deus, mas sim, em relação à quantidade de vozes que, como aponta Nouwen, “competem pela nossa atenção”.
Numa sociedade de tantas vozes é natural que ocorra um “eclipse da sensibilidade”. Assim comenta o rabino Heschel: “O eclipse da sensibilidade é o símbolo de nossa época”. Portanto, o que se encontra é muita desatenção, e pouca disposição, por exemplo, para com Deus, o que consequentemente, refletirá nas demais relações.
Somos, em boa parte, insensíveis e desatentos em relação até ao nosso próprio corpo. Mas, desconfio, que isso tudo não passa de um reflexo do afastamento da voz de Deus.
A voz do Senhor é a voz de um soberano, uma voz majestosa, daquele que a tudo criou e tudo bem conhece; mas, que cuja voz nem sempre se impõe, embora o pudesse fazê-lo. A voz do Senhor é a voz do Rei que ama, que promove liberdade, e mesmo sendo a voz poderosíssima, se faz calar por períodos de eclipse. Trata-se da voz de quem sabe o que é sofrer, que por vezes se limita segundo o desprezo daqueles que já não a desejam ouvir.
Ouvir essa voz o que mudaria em nós? O que mudaria em nossa família?
Eu peço a Deus por uma geração de jovens dispostos a ouvir e obedecer à sua voz. Jovens que viverão e falarão a partir dessa voz maior. Pessoas que se submeterão e mudarão suas vidas por causa do que diz essa voz do Senhor.
Você também quer ouvir e orar por isso?
Um comentário:
Eu quero! Aleluia!
Quão maravilhosa é a Espada do Senhor.
Sim, a sua Palavra é pleno acalanto, cortante, confortante, viva, eficaz, operante e poderosa.
Aleluia!
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