Vitória - ES
Diretor de Relações Públicas da ABUB.
“(...) eu estou aqui para ajudar a Show Time a fazer o que sabe de melhor, entreter a audiência. Porque no final, absolutamente tudo é sobre entretenimento. Não existe mais jornalismo. Não existem mais notícias. Quem ainda acha que informa o mundo só é um pouco mais ingênuo que aqueles que acham que podem fugir de um Tsunâmi. E você sabe o que as pessoas não querem? A verdade".
Estas palavras, ditas pela personagem Andréa Flak, âncora do programa Show Time, do filme “O resgate de um campeão”, me chamaram mais a atenção do que a história do filme em si. De uma forma ou de outra, elas atingem o âmago de uma problemática de nossa sociedade atual: a fuga da realidade. Tenho ouvido constantemente de pessoas próximas que elas já não assistem a jornais, documentários ou mesmo evitam ler os jornais, por causa do sem-fim de notícias e histórias tristes, sobre mortes, assassinatos, corrupção, roubos, etc. Queremos a todo custo nos desconectar da realidade! Realmente ela é dura, incomoda e nos tira de nossa zona de conforto. Somos o tipo de audiência mencionada pela personagem do filme, queremos entretenimento em detrimento à verdade, para que possamos assim, dormir em paz.
Desta forma, estamos nos colocando na direção das massas e na contramão do evangelho de Cristo. “Uma vida espiritual verdadeira faz exatamente o oposto: faz-nos alertas e conscientes em relação ao mundo à nossa volta, de forma que tudo o que é e acontece torna-se parte de nossa contemplação e meditação e convida-nos a uma resposta livre e sem medo”[1]. Precisamos nos conectar a esta realidade, por mais dura que ela seja. Do contrário, seremos cristãos vivendo em uma bolha, alheios ao mundo que em descompasso caminha para o fim.
Porém, precisamos fazer isto à luz da palavra de Deus e em oração, pois uma simples análise humana dos acontecimentos poderá nos tornar fatalistas, desesperançados e pessimistas. Precisamos parar um pouco, nos aquietar para que na solidão, no silêncio reflexivo, possamos ouvir a voz de Deus. “Em nossa solidão, nossa história não pode mais ser uma coleção aleatória de incidentes desconexos e de acidentes; deve tornar-se um constante apelo para a mudança do coração e da mente. Ali podemos ultrapassar a cadeia fatalista de causa e efeito e escutar com os sentidos interiores o significado mais profundo das realidades da vida diária. Ali o assassinato de um presidente, o sucesso de uma viagem à Lua, a destruição de cidades por um bombardeio cruel, a desintegração de um governo graças ao desejo de poder, assim como os muitos desapontamentos e as dores pessoais, não mais podem ser vistos como inevitáveis e concomitantes à nossa vida; tornam-se convites urgentes a uma resposta, ou seja, a um engajamento pessoal” [1].
Estas palavras, ditas pela personagem Andréa Flak, âncora do programa Show Time, do filme “O resgate de um campeão”, me chamaram mais a atenção do que a história do filme em si. De uma forma ou de outra, elas atingem o âmago de uma problemática de nossa sociedade atual: a fuga da realidade. Tenho ouvido constantemente de pessoas próximas que elas já não assistem a jornais, documentários ou mesmo evitam ler os jornais, por causa do sem-fim de notícias e histórias tristes, sobre mortes, assassinatos, corrupção, roubos, etc. Queremos a todo custo nos desconectar da realidade! Realmente ela é dura, incomoda e nos tira de nossa zona de conforto. Somos o tipo de audiência mencionada pela personagem do filme, queremos entretenimento em detrimento à verdade, para que possamos assim, dormir em paz.
Desta forma, estamos nos colocando na direção das massas e na contramão do evangelho de Cristo. “Uma vida espiritual verdadeira faz exatamente o oposto: faz-nos alertas e conscientes em relação ao mundo à nossa volta, de forma que tudo o que é e acontece torna-se parte de nossa contemplação e meditação e convida-nos a uma resposta livre e sem medo”[1]. Precisamos nos conectar a esta realidade, por mais dura que ela seja. Do contrário, seremos cristãos vivendo em uma bolha, alheios ao mundo que em descompasso caminha para o fim.
Porém, precisamos fazer isto à luz da palavra de Deus e em oração, pois uma simples análise humana dos acontecimentos poderá nos tornar fatalistas, desesperançados e pessimistas. Precisamos parar um pouco, nos aquietar para que na solidão, no silêncio reflexivo, possamos ouvir a voz de Deus. “Em nossa solidão, nossa história não pode mais ser uma coleção aleatória de incidentes desconexos e de acidentes; deve tornar-se um constante apelo para a mudança do coração e da mente. Ali podemos ultrapassar a cadeia fatalista de causa e efeito e escutar com os sentidos interiores o significado mais profundo das realidades da vida diária. Ali o assassinato de um presidente, o sucesso de uma viagem à Lua, a destruição de cidades por um bombardeio cruel, a desintegração de um governo graças ao desejo de poder, assim como os muitos desapontamentos e as dores pessoais, não mais podem ser vistos como inevitáveis e concomitantes à nossa vida; tornam-se convites urgentes a uma resposta, ou seja, a um engajamento pessoal” [1].
[1] Crescer: Os três movimentos da vida espiritual, Henri Nowen.
3 comentários:
Héber, concordo com você. Acho que a maior dificuldade da nossa geração é dar uma resposta aos acontecimentos. A fuga tem sido a saída mais fácil. E é um enorme exercício visualizar os fatos à luz da Palavra e agir mediante a isso.
Ótima reflexão. Abraços
Sabe...penso também que o exemplo de Neemias nos leva à uma atitude divina. Ele recebeu uma péssima notícia, entristeceu-se, mas foi para além da má notícia. Creio que o papael da igreja está no mesmo sentido.
Bela reflexão Heber, que Deus nos atente para agir nessa realidade.
Oi Héber,excelente reflexão. Deus tem levantado pessoas como você para alertar os que estão dentro da bolha. Valeu pra mim também, as vezes agente foge da realidade e ainda acha justificativas para isso e acha até mais confortável ficar dentro da bolha mesmo.
Que Deus o abençoe na sua jornada!
Jussara.
Postar um comentário