Candidato à assessoria auxiliar
ABU - São Luís (MA)
Muito se falou em 'Independência' no mês que se passou. Claro, como bons brasileiros, eu e o Policarpo Quaresma não poderíamos esquecer.
Durante o 'Fundamental', todos os anos, as crianças se agitavam pra ver quem iria ser o porta-bandeira, quem sairia segurando as placas com nomes da escola, frases bonitinhas sobre civismo... O momento é maravilhoso, pelo menos para a gurizada. E essa comemoração é porque a 'trocentos anos' (1822) 'Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon' ou o conhecido D.Pedro I, resolveu gritar 'Independência ou morte!'. Se bem que os motivos que o levaram a tal ato foram mais pessoais do que de caráter visionário, de um líder irresistível que arrebatasse multidões somente com um 'bom dia'.
Durante o 'Fundamental', todos os anos, as crianças se agitavam pra ver quem iria ser o porta-bandeira, quem sairia segurando as placas com nomes da escola, frases bonitinhas sobre civismo... O momento é maravilhoso, pelo menos para a gurizada. E essa comemoração é porque a 'trocentos anos' (1822) 'Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon' ou o conhecido D.Pedro I, resolveu gritar 'Independência ou morte!'. Se bem que os motivos que o levaram a tal ato foram mais pessoais do que de caráter visionário, de um líder irresistível que arrebatasse multidões somente com um 'bom dia'.
Sempre me perguntei, 'Independência' tudo bem! Mas, 'Morte'? A quem ele se referia quando pronunciou Morte?. E cada vez mais me convenço que poderia ser um suicídio o que ele estaria anunciando, como daquelas pessoas que sobem numa torre e só se contentam quando o Datena começa a falar com elas. Mas, sabe de uma coisa? Contextualizando a frase do Primeiro rei do Brasil ela poderia ser assim: 'A Independência trará a morte'. Bem mais cristã esta frase, hein
Podemos falar de vários tipos de (in)dependência. Agora pouco ouvia o Dr. Dráuzio Varella falar sobre os primeiros momentos de um criança após sair do confortável e ao mesmo tempo apertado útero materno. Curioso que após 9 meses sendo alimentado pelo líquido amniótico, em alguns segundos tudo aquilo é interrompido, ao mesmo tempo em que o ar penetra nos pulmões da criança inaugurando-o e fazendo funcionar milhões de alvéolos (responsáveis pelas trocas gasosas), bem como uma série de acontecimentos nos instantes seguintes marcam o que chamamos de 'independência' do feto. Ah, sim! Agora a criança não precisa mais da mãe. Mero engano! É nesta hora que entra em ação o 'Super-híper-mega-gastro e astronomicamente valioso leite materno'.
E para quem pensa que independência faz agente viver melhor no mundo, aí vai o recado: nos primeiros meses de vida após o cordão umbilical ter sido cortado, a criança possui 10 vezes mais bactérias do que células em seu corpo. E é através do leite que ela vai adquirindo imunidade. Por isso, neste caso 'Dependência é vida'.
No entanto, temos de lembrar que nenhum outro tipo de conhecimento despertou no ser humano maior vontade de ser independente do que o conhecimento científico. Hoje mesmo pude ver o super computador com capacidade de informações de 60 mil portáteis, que fora construído por milhares de cientistas durante mais de duas décadas. Sabe o que esse computador se atreve a simular? O 'Big Bang', ou seja, a grande explosão que os cientistas afirmam ter originado tudo que vemos ao nosso redor.
No entanto, temos de lembrar que nenhum outro tipo de conhecimento despertou no ser humano maior vontade de ser independente do que o conhecimento científico. Hoje mesmo pude ver o super computador com capacidade de informações de 60 mil portáteis, que fora construído por milhares de cientistas durante mais de duas décadas. Sabe o que esse computador se atreve a simular? O 'Big Bang', ou seja, a grande explosão que os cientistas afirmam ter originado tudo que vemos ao nosso redor.
É isso que é Morte! Essa busca desesperada por tornar-se independente, seja na ciência, na carreira, nos relacionamentos, nos sentimentos, nas artes e na cultura. Esse tipo de independência é pura Morte. Jesus nos advertiu sobre isso: 'Quem quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo'(Lc 9.23) e também: 'Quem quiser salvar a sua vida, a perderá'(v24). Se há um tipo de independência que gera morte, é a independência de Deus. A vida está nEle, tudo é por Ele e pra Ele, matemática e divinamente preparado com Seu cuidado. Para tanto, a dependência de Deus é vida, porque anula a 'vida do ego', traz à tona a fraqueza do ser e reconhece que precisa ser imunizado. Sem isso? Morte!
Recordo-me do título de um livro: 'Não tenho fé suficiente para ser ateu'. Acreditar que todas as informações sobre minha vida e os prazos que ela me dá (DNA) e sobre a assombrosa multiplicação dos seres e que os bilhões de corpos estelares foram fruto do acaso, ou da 'independência' de Deus, é no mínimo doença, se não Morte. Depender de Deus é mais que ouvir sua opinião ou realizar seus projetos. Depender de Deus é experimentar a preciosa essência da vida; perscrutar o majestoso mundo do prazer eterno e torrencial; anular a vida egoísta que jorra vulcanicamente dentro de nós e abandonarmo-nos aos cuidados de Deus. Faça tudo na busca incessante de encontrar-se como ser vivo, realmente Vivo. Porém, nunca se esqueça: Independência traz Morte. Sempre.
As opiniões expressas no texto são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, as posições da ABUB.
5 comentários:
Olá, Fernando.vc é muito inteligente e sua percepção social, teológica e espiritual é muito interessante.
gostei bastante do seu texto.parabéns!Rsrs.Maria Godinho.
Olá, Blogeiros. Acho interessante aproveitarmos o tema do texto:Dependência, para construírmos algo proveitoso. Além de divulgar o Site da ABUB, podemos ir comentando não só o "Eterno dependente", mas os demais textos.Podemos começar agora com uma sugestão>> Conte uma experiência de dependência de Deus em sua vida!Qualquer coisa, meu email é f.fernandocosta@hotmail.com
Excelente ensaio. Deus o abençoe.
Rico e abençoado texto!!!
Um abraço fratenal!!!
Parabéns pelo excelente texto Fernando! Que tenhamos a humildade e que sejamos tal como as crianças, totalmente dependentes. Conscientes da nossa inerente incompetência, tal como abordou o excelente autor, Brennan Manning, em seu livro "Evangelho Maltrapilho" da Ed. Mundo Cristão. Doce paz!
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